Como Compramos Nosso Primeiro Imóvel

Quando li o texto sobre “Redescobrindo seu senso de Pequeno” no blog  “Be More With Less”, acabei me recordando de uma situação vivenciada a alguns anos atrás, de como conseguimos comprar nosso primeiro imóvel: um apartamento.

Na verdade, foi uma sequencia de atitudes e mudanças de hábitos conjuntos (entre meu marido e eu) e que nos possibilitou concretizar esse objetivo.

Naquela época anotávamos todos nossos gastos diários. Como ambos trabalhávamos no mesmo local, os gastos ocorriam em conjunto, sendo fácil ter controle sobre essa informação. Os dias passavam e os gastos eram anotados diariamente, religiosamente.

Ao final do primeiro ano, somamos os tipos de gastos em: transporte (financiamento do carro, combustível, manutenção, impostos, seguro), moradia (aluguel, condomínio, decoração), telefonia (telefone fixo, celular), social (happy hours, restaurantes, etc), lazer (viagens e atividades feitas a dois), atividade física, alimentação e saúde (supermercado, planos de saúde, medicamentos), Porqueira (vacinas, cuidados, alimentação, mimos) e outros gastos (gorjetas, cafezinho, etc).

Obviamente, os valores de transporte foi alto por conta do financiamento da época e também das viagens que fazíamos para visitar os parentes que viviam em outra cidade. Isso era esperado. O que não era esperado e nos causou horror foi constatar que havíamos gasto 3 vezes mais fazendo social em situação muitas vezes desconfortáveis do que com o tipo de lazer que ambos gostávamos.

Podemos dizer que esse momento foi o ponto alto da nossa vida e naquele momento mudamos radicalmente nossa postura com relação a nossas finanças. E morar numa cidade relativamente pequena, onde o custo de vida era bem menor, foi o casamento perfeito.

Com os cálculos feitos sabíamos exatamente qual o nosso custo de vida, baseado nos nossos gastos fixos. Subtraímos do total que entrava por conta de nosso trabalho que seria destinado para a poupança. Desse valor, subtraímos uma parte que seria mantida principalmente para conhecer cidadezinhas do interior do estado de SP... 

O social foi reduzido para no máximo 3-4 vezes ao mês, dando preferência para os eventos mais “em conta”. Aliás, foi nesse momento que as pessoas se revelaram, provando quem valia a pena manter em convívio e quem não valia (como muitos devem imaginar, ficaram muito poucos!).

As viagens para visitar parentes também foi reduzida, e depois de um tempo, praticamente eliminada. Motivo: se recebemos 3 visitas de parentes em nossa casa durante os 11 anos morando fora, foi muito (1:20 hs da cidade natal de ambos). No entanto, todo mundo exigia que viajássemos aos finais de semana para visitá-los... Sabe como é... a distância é a mesma!!!

E foi com essas pequenas mas extremamente significativas mudanças de hábito e atitude, que adquirimos nosso primeiro imóvel, que aliás foi quitado em menos de dois anos!!! 

Moral da história: fácil não foi, mas valeu cada momento!!

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